terça-feira, 29 de maio de 2012

Congresso mundial de sustentabilidade em BH


Capital vai receber representantes de 1.200 cidades no Iclei



Belo Horizonte recebe, entre os dias 14 a 17 de junho, o Congresso Mundial do Iclei (International Council for Local Environmental Initiatives ou, em português, Governos Locais pela Sustentabilidade), que reúne mais de 1.200 mil cidades e associações comprometidas com o desenvolvimento sustentável. Realizado a cada três anos, este evento na capital mineira será o primeiro na América Latina e servirá como preparação e definição de estratégias para as temáticas que serão tratadas na Rio + 20, no Rio de Janeiro, de 13 a 22 de junho.

A capital mineira concorreu com outras 35 importantes cidades de todo o mundo para sediar o congresso. "Através do Iclei, estaremos avançando no processo de internacionalização da cidade e consolidando os conceitos que propomos construir dentro de um planejamento de longo prazo para a capital", ressaltou, Márcio Lacerda. De uma forma geral, a escolha de Belo Horizonte evidencia os avanços da cidade na implantação de políticas voltadas à sustentabilidade. Ações destinadas a garantir o desenvolvimento sustentável já são realidade, como, por exemplo, a proibição do uso de sacolas plásticas não biodegradáveis pelo comércio, além de políticas públicas que a consolidam como referência no país e no mundo.

As atividades do Iclei 2012 acontecerão ao longo do Circuito Afonso Pena, uma das avenidas mais importantes de Belo Horizonte. A idéia é possibilitar uma maior mobilidade do público durante o evento. A programação inclui seminários, workshops, visitas a pontos turísticos da capital. Além disso, dois experts em sustentabilidade e qualidade de vida farão palestras na cidade.

Um deles é o próprio criador do conceito de Iclei, o canadense Jeb Brugmann. Praticante e pensador sobre processos de inovação, há 25 anos ele vem ajudando comunidades pobres a terem acesso aos benefícios da globalização. Consultor de estratégia corporativa e urbana, Brugmann soma trabalhos desenvolvidos em dezenas de cidades e regiões rurais de 28 países.

O outro é o colombiano Gil Pelañosa, mestre em Gestão pela Universidade da Califórnia. Como comissário de Parques, Esporte e Lazer da capital colombiana, Bogotá, ele projetou e construiu mais de 200 parques, entre eles o famoso Simón Bolívar, com 360 hectares. Também abriu 91 quilômetros de estradas sem carros da cidade aos domingos, a Ciclovia, onde mais de 1.500 pessoas caminham, correm, andam de bicicleta e skate.

Rio + 20, vinte anos depois da Eco 92

Exatos 20 anos após a Eco 92 (a conferência da ONU sobre meio ambiente e desenvolvimento), ocorrida no Rio de Janeiro em 1992, a capital fluminense vai sediar a Rio + 20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - UNCSD), marcada para o período de 13 a 22 de junho.  O objetivo da Conferência é assegurar um comprometimento político dos governos dos países para o desenvolvimento sustentável do planeta. Cerca de 150 chefes de estado e delegações de 193 países são esperados. E deles espera-se que avaliem as lacunas ainda existentes e encarem os novos desafios emergentes.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Sebrae-MG

domingo, 20 de maio de 2012

Quem se Importa

"Quem se Importa" apresenta diversas (felizes) histórias sobre empreendedorismo social. Entre os entrevistados, estão Muhammad Yunus (Prêmio Nobel da Paz) e Bill Drayton (fundador da Ashoka). 
O documentário reúne os mais importantes expoentes do setor social do mundo. 
As filmagens aconteceram em sete países.





Entrevistados: 
Muhammad Yunus, Bill Drayton, Al Etmanski, Bart Weetjens, Dener Giovanini, Eugenio Scannavino Netto, Isaac Durojayie, Jehane Noujaim, Joaquim Melo, Joaquín Leguía, John Mighton, Karen Tse, Mary Gordon, Oscar Rivas, Premal Shah, Rodrigo Baggio, Vera Cordeiro e Wellington Nogueira.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Apresentação do Projeto Dignidade


A Fundação Dom Cabral, cuja missão é contribuir para o desenvolvimento sustentável da sociedade por meio da educação, da capacitação e do desenvolvimento de executivos, empresários e gestores públicos, tem como um dos seus objetivos ser relevante para a sociedade.

Em iniciativa inédita, a Fundação Dom Cabral vai oferecer capacitação gratuita a pessoas que tenham iniciativas, projetos ou ideias que contribuam com a redução das desigualdades sociais no Brasil. Se você possui um negócio na Grande Belo Horizonte que beneficie a população de baixa renda ou tem um projeto cuja implantação pode contribuir com o combate à pobreza na região, inscreva-se no Dignidade. Com a iniciativa, será possível identificar, desenvolver e potencializar ideias e negócios que reduzam a pobreza e façam do Brasil um país com mais inclusão social.

Confira o video onde os idealizadores dos projetos selecionados pelo Projeto Dignidade falam sobre seu trabalho.


sexta-feira, 30 de março de 2012

7 ideias de jardins sustentáveis em espaços pequenos


Reaproveitar pedaços de madeira e outros materiais como vasos ou canteiros pode ser uma boa ideia para espaços menores.

Veja ideias de suportes feitos com madeiras reutilizadas, ideias para pequenos jardins em casas ou apartamentos.



Pallets podem ser encontradas em feiras de alimentos ou supermercados. Para montar o suporte, é necessário criar um apoio para as plantas, que podem ser colocadas em pequenos vasos ou no próprio suporte. Ideal para plantas de pequeno porte. Veja como fazer aqui.



Suporte feito com potes de vidro para conserva, os vasos podem ser usados para temperos. Só é preciso ter cuidado na hora de regar, para não acumular água dentro do vidro. Veja mais aqui.


Usando uma sapateira antiga, também é preciso cuidar com a umidade excessiva. Uma ideia é usar pedrinhas na base de cada “vasinho”. Veja como fazer aqui.


Esse modelo exige mas habilidade, para os cortes redondos. O modelo da imagem foi usado para plantar alface e outras folhas verdes. A ideia é de Anne Philipps.


Feito com calhas, o modelo é indicado para casas. A ideia foi de Suzanne Forsling, que usa os vasos para plantar uma pequena horta.


Feito com latas de diversos tamanhos, e necessário antes de usar fazer pequenos furos no fundo, para que a água escoe. Veja mais imagens aqui.


Fazer plantações em caixotes pode ser uma boa ideia em apartamentos, já que permitem uma maior mobilidade. É possível até colocar rodinhas. Veja mais aqui.

Fonte: Atitude Sustentável

quarta-feira, 14 de março de 2012

Árvore 'milagrosa' é usada como filtro de água para consumo humano

As utilidades da moringa oleifera vão do fornecimento de nutrientes à fabricação de sabonetes


A moringa oleifera, árvore nativa da Índia, é o que se pode chamar de ser multiuso. Além de nutritiva – seus frutos, folhas, flores e sementes são ricos em vitamina A e C, cálcio, ferro e fósforo –, a planta produz um óleo usado na fabricação de sabonetes, cosméticos ou combustível para lamparinas. Daí, o apelido de “árvore milagrosa” atribuído a ela. Agora, uma pesquisa feita pelo Departamento de Engenharia Química da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, descobriu mais uma função da espécie: uma proteína presente em sua semente, quando combinada com areia, é capaz de purificar e clarear a água de maneira rápida e barata.

O estudo foi publicado na edição mais recente do informativo especializado American Chemical Society. Stephanie Velegol, uma das principais autoras, explica que a filtragem é possível graças a um mecanismo químico que ocorre entre a proteína e elementos presentes na água, responsáveis por deixar o líquido turvo. “Os micro-organismos e partículas são, em sua maioria, carregados negativamente, então, eles ‘grudam’ em partículas positivas”, detalha. “A proteína catiônica das sementes faz com que essas partículas negativas se unam e se depositem no fundo do recipiente.” Ela diz que essa estrutura molecular também é capaz de destruir as paredes celulares das bactérias, o que as torna inativas e incapacitadas de se reproduzir.

Stephanie esclarece que a comunidade científica já tinha conhecimento das propriedades de filtragem da proteína presente na semente da moringa. O que não se sabia ainda era como fazer com que as sementes não deixassem resíduos de matéria orgânica na água depois do processo. Uma vez que esses restos eram usados pelos micro-organismos para sujar a água novamente, o armazenamento do líquido por muito tempo era inviável. “Alguns pesquisadores isolaram a proteína ativa, mas seus métodos eram bastante trabalhosos e não sustentáveis no campo”, analisa Stephanie. “Nossa abordagem baseou-se em absorver as proteínas para a areia.”



Sementes da árvore nativa da Índia: técnica pode beneficiar comunidades mais pobres


Essas proteínas fazem com que os grãos de areia, normalmente carregados negativamente, adquiram carga positiva – e se tornem capazes de capturar e matar as bactérias. Ao fim do procedimento – que exige apenas areia, sementes e água –, basta escoar o material orgânico remanescente.

Depois de ler o estudo, Gilberto Kerbauy, professor do Departamento de Botânica do Instituto de Biociência da Universidade de São Paulo (USP), acredita que a pesquisa americana terá utilidade especialmente em países mais pobres, onde não há muitas opções para garantir água em condições de consumo. “É um filtro biológico interessante que, ao mesmo tempo em que tira a partícula em suspensão, mata bactérias como a Escherichia coli, causadora da diarreia”, analisa. Kerbauy, porém, frisa que a pesquisa ainda não pode ser imediatamente posta em prática. “Tudo foi feito em condições laboratoriais”, lembra. “A areia era especial, com um tamanho adaptado e purificada.”
O desafio, segundo o botânico, é encontrar uma maneira de realizar a técnica com areia comum e com o extrato bruto da semente, já que os cientistas isolaram a proteína específica para viabilizar o estudo. “Cabe aos países interessados avançar nessas pesquisas, para trazê-las a um nível de aplicabilidade real”, reforça.

Outras utilidades Luciano Coelho Milhomens, botânico e professor de Ciências Biológicas da Universidade Católica de Brasília, estima que a prática de limpar água com a ajuda da semente de moringa, como mencionado por Stephanie Velegol, já ocorre há pelo menos cinco anos. Ele destaca que outras pesquisas demonstraram que a planta tem também potencial medicinal e alimentar, uma vez que é composta por diversas vitaminas e minerais. “Antes de usar qualquer planta com propriedades medicinais, porém, é preciso verificar se há estudos sérios que comprovem a eficácia. Só a experiência popular não é suficiente”, alerta.

Para o botânico, a importância de pesquisas como a da Universidade da Pensilvânia se dá na medida em que o tratamento da água da forma como é feito, industrialmente, tem preço elevado e vem se tornando cada vez mais complicado e inacessível. “É sempre interessante minimizar os custos para a população carente”, reforça. A praticidade do método, que precisa apenas da semente de uma árvore que cresce durante o ano inteiro, também é um detalhe que merece destaque. “O processo só teria o custo de plantar e regar a árvore.”

Além da moringa oleifera, Milhomens ressalta que há outras espécies vegetais consideradas emblemáticas – como o buriti, palmeira comum no Centro-Oeste. “Dele se aproveita tudo. Como diz o ditado popular, é como se fosse uma vaca, em que só não se aproveita o berro”, brinca. A palma, árvore originária da Malásia e muito usada na produção de óleo, também está entre os exemplos de “árvores maravilhosas”. “Ela é muito usada para alimentar animais e consegue sobreviver a climas tropicais com temperaturas elevadas.”

Fonte: Estado de Minas

sexta-feira, 9 de março de 2012